Porque me transgrido no êxtase de desejos escapulidos
do ventre de minha alma vadia
porque não escuto minha voz aquietada pela convenção do equilíbrio
porque em letras tortas escrevo em linhas retas meus sonhos imperfeitos
é por isso que escrevo
para maquiar-me com a beleza carismática de uma ginasta
quando estiver estrangulando o breu
para arrancar das paredes do meu cérebro
a cortina cinzenta que anuvia o meu troféu
não escrevo para ser julgada
mas para expurgar de minha fala
a mordaça que esconde os absurdos que me levam longe
onde nunca fui e de onde retorno sempre.
Joelia Mota
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
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